Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que tornava obrigatória a prestação de serviços de psicologia e de assistência e promoção social nas redes públicas de educação básica.
O pretexto para o veto foi a questão orçamentária. “A propositura legislativa (…) cria despesas obrigatórias ao Poder Executivo, sem que se tenha indicado a respectiva fonte de custeio”, escreveu ele, na justificativa para o veto.
O ativista Ariel de Castro Alves, advogado e membro do Conselho Estadual dos Direitos Humanos de São Paulo, criticou a decisão.
“Bolsonaro se mostra insensível com a violência nas escolas, mesmo após o massacre ocorrido na escola Raul Brasil, em Suzano, que vitimou 8 pessoas, entre alunos e funcionários, em março deste ano. Ele defende armas para todos e veta propostas de prevenção e violência. É realmente um exterminador do presente e do futuro das crianças”, disse.
A decisão de vetar serviço de psicologia e assistência e promoção social nas escolas foi publicada no mesmo dia em que se revela que o governo gastará em 10 anos15 bilhões a mais do que o anunciado para a reestruturação da carreira dos militares.
Ou seja, há dinheiro para os militares, mas falta para a educação das crianças.
Cada governo tem as suas prioridades. Para o governo Bolsonaro, educação não está entre elas.