Folha de S. Paulo é o jornalão falido que se dedicou (e continua a se dedicar) a atacar o PT, Lula e a esquerda em geral, com afirmações de que são autoritários e que iam/irão romper a democracia, entre outras barbaridades.
A Folha de São Paulo era das primeiras publicações nos vazamentos e apoio ao famigerado juiz Moro e à Lava Jato, abraçou a causa como golpe de morte ao PT e à esquerda, nem pestanejou em vazar TUDO. Ao contrário, se locupletava.
A Folha de São Paulo jamais fez uma crítica ao impeachment de Dilma. Ao contrário, fez editorial de apoio à tremenda farsa, defendendo o rompimento da democracia.
Ano passado, privilegiou os ataques a Haddad, chegando à heresia de dizer que ele e Bolsonaro eram dois lados da mesma moeda, que defendiam projetos autoritários.
A Folha de São Paulo omitiu dos seus leitores sobre quem era Bolsonaro e sua família. Aliás, assim como seus parceiros da Globo e Estadão, achavam que domariam o monstro que alimentaram.
A Folha de São Paulo e seus parceiros foram rejeitados por Bolsonaro, não porque este ou aqueles pensem diferentemente a respeito do projeto econômico e de destruição de direitos, fim da democracia. São iguais, o que os separam é a disputa para comer o bolo das verbas publicitárias do Estado.
Por que deveríamos cair no conto do vigário e defender esse tipo de imprensa? Existe mesmo contradição com Bolsonaro? Por que Folha e os demais fazem editoriais defendendo Guedes-AI5? Por que defender jornal que apoia prisão em segunda instância e defende os absurdos do TRF4 e Lava Jato?
Chegam a ser inacreditáveis os que defendem e querem nos convencer de que a Folha de São Paulo é vítima do Bolsonaro. Não, não é, ela é igual. Algumas vezes pior, pois, em tese, a família Bolsonaro são apenas aventureiros fugazes, os jornalões, não.
Ser oposição a Bolsonaro não nos obriga a qualquer relação de solidariedade com seus aliados, que continuam, repito, nos atacando como se fôssemos iguais a eles. Então: “Quem pariu Mateus, que o balance”.
Simplesmente, é impossível, com alguma honestidade intelectual, defender a Folha, O Globo e Estadão. Que se virem com suas arminhas e cretinices verde-amarelas, patos e paneleiros.
Aqui não, violão!
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Arnóbio Rocha é advogado, membro da Associação Juristas pela Democracia.