Instituto mostra que desmatamento na Amazônia aumentou 220% em outubro

Atualizado em 10 de setembro de 2020 às 8:49
Desmatamento de áreas nativas e de florestas em regeneração em fazendas do Mato Grosso. Foto: ARQUIVO IBAMA

PUBLICADO NO ((O))ECO

POR DANIELE BRAGANÇA

As motosserras e tratores ainda trabalham em ritmo acelerado na Amazônia, mesmo com os militares reforçando a fiscalização ambiental. O Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) divulgou na manhã desta terça-feira (03) os dados do desmatamento em outubro e não há surpresas, o ritmo de derrubada de floresta contínua alto. Foram 583 quilômetros quadrados (km²) derrubados em 31 dias. Em outubro de 2018, o desmatamento alcançou 187 km².

O Imazon realiza o monitoramento independente da cobertura florestal na Amazônia Legal.

É o terceiro mês consecutivo que os satélites indicam aumento no desmatamento no novo “Período Prodes”, medido entre julho de um ano e agosto do ano seguinte. Em agosto, o primeiro mês, houve alta de 63% em relação a agosto de 2018. No segundo mês, o aumento foi de 80%. Agora, chega a 220%, sempre em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Ranking dos estados

Pará liderou em outubro o ranking de estado que mais desmatou. Mais da metade (59%) da derrubada de florestas ocorreu no estado, seguido de Mato Grosso (14%), Rondônia (10%), Amazonas (8%), Acre (6%), Roraima (2%) e Amapá (1%).

A APA Triunfo do Xingu, no Pará, a Florex Rio Preto-Jacundá, em Rondônia, e a Resex Guariba-Roosevelt, Mato Grosso, foram as Unidades de Conservação mais desmatadas na Amazônia. Das dez terras indígenas mais desmatadas, oito ficam no estado do Pará. No topo da lista estão a TI Cachoeira Seca do Iriri, TI Ituna/Itatá e a TI Apyterewa.