Sergio Moro deu uma resposta estúpida à crítica de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, de que este pode ser o pior momento da relação da entidade com o Ministério da Justiça.
Afirmou não ser recebido por Moro. “Não tem diálogo nenhum. Nem na ditadura isso acontecia”, disse.
Bateu pesado no bolsonarismo: “Quem segue apoiando o governo é porque tem algum desvio de caráter”.
Moro subiu nas tamancas.
“Tenho grande respeito pela OAB, por sua história, e pela advocacia. Reclama o presidente da OAB que não é recebido no Ministério da Justiça”, escreveu no Twitter.
“Terei prazer em recebê-lo tão logo abandone a postura de militante político-partidário e as ofensas ao presidente e a seus eleitores”.
Em campanha, Moro resolveu ser cão de guarda do chefe. Mas, se fosse só isso, estava bom.
Acabou confirmando que não recebe Santos Cruz por razões políticas e porque não comunga do mesmo credo ideológico.
O militante, percebe-se, é o ministro.
Moro está naquela cadeira. Ele não é o Estado.
Assim como Santa Cruz deve ser visto como representante de uma organização que existe há 89 anos — e que, por exemplo, foi instrumental no impeachment de Dilma.
Ainda exige que o adversário se submeta às suas vontades.
Se fizer arminha com a mão, será recebido. Esse é o recado.
É bom levar um presente. Retrato feito de cartuchos usados de bala é topzêra.
Aí é tapete vermelho.
Tenho grande respeito pela OAB, por sua história, e pela advocacia. Reclama o Presidente da OAB que não é recebido no MJSP. Terei prazer em recebê-lo tão logo abandone a postura de militante político-partidário e as ofensas ao PR e a seus eleitoreshttps://t.co/Y1TCcrsZxx
— Sergio Moro (@SF_Moro) December 11, 2019