A operação contra 24 pessoas ligadas a Flávio Bolsonaro, comandada pelo MP-RJ, se baseia em seis núcleos de investigação.
As presepadas de Fabrício Queiroz, parentes e pessoas ligadas ao ex-faz-tudo de Flávio é apenas um deles.
Todos os envolvidos são acusados de participar do esquema de “rachadinha” no antigo gabinete do Zero 1 na Assembleia Legislativa do Rio.
Contas bancárias controladas pelo miliciano Adriano da Nóbrega, foragido, foram usadas para abastecer Queiroz.
O amigo de longa data, atualmente no Morumbi, pertinho do Einstein indicou, numa conversa no WhatsApp, que a família tinha pleno conhecimento de que uma das assessoras era casada com Adriano.
Na coletiva desta quinta, dia 19, o presidente lavou as mãos.
“O Brasil é muito maior do que pequenos problemas. Eu falo por mim. Problemas meus podem perguntar que eu respondo. Dos outros, não tenho nada a ver com isso”, falou.
Em seguida, mandou os repórteres procurarem o advogado do meninão.
Pai e rebento se encontraram na véspera e é possível que Jair tenha combinado com o primogênito de ele se sacrificar em nome do projeto.
Quem cantou essa pedra foi o procurador Januário Paludo, o “pai” da Lava Jato (nas palavras de Deltan).
Apareceu em julho em matéria do Intercept.
Nos chats privados datados de dezembro de 2018, Dallagnol especulava sobre o impacto sobre Moro do escândalo Flávio-Queiroz.
Acreditava que o rolo ficaria com o ex-juiz.
Pediu a opinião dos colegas.
“É óbvio o q aconteceu… E agora, José? (…) Seja como for, presidente não vai afastar o filho. E se isso tudo acontecer antes de aparecer vaga no supremo?”
Completou, sobre Bolsonaro: “Agora, o quanto ele vai bancar a pauta Moro Anticorrupcao se o filho dele vai sentir a pauta na pele?”
Paludo cantou a pedra.
“Na pior das hipóteses, Podem ir os anéis (filho e mulher), mas ficam os dedos.”
É isso.
Mais do que um retrato do clã, isso mostra o que é a Lava Jato.