O confronto entre Bolsonaro e Sergio Moro estava submerso há muito tempo e apenas foi exposto agora.
Em outros tempos, o jornalismo da grande imprensa já teria revirado os monturos dessa briga. Mas a imprensa fica no que parece que todo mundo sabe. Parece.
A abordagem em torno da disputa de beleza entre os dois, por causa da eleição de 2022 (daqui a quase três anos), é muito óbvia e preguiçosa.
O jornalismo está dormindo, enquanto Bolsonaro ataca o ex-juiz sem piedade e o classifica como um ministro igual aos outros. A apatia dos jornais reforça uma suspeita.
Se o personagem fosse menos poderoso, a grande imprensa já teria descoberto bem mais sobre o duelo entre as duas principais figuras da extrema direita brasileira. Mas o personagem desqualificado por Bolsonaro é amigo das corporações e um nome inatacável.
O jornalismo não se esforça para entrar nos porões mais imundos da briga porque Moro deve ser protegido, pelos serviços prestados e porque poderá um dia chegar ao poder.
Moro tem foro privilegiado com a grande imprensa lavajatista.