Relatos de racismo no Itaú explodem nas redes após caso de mulher de Rennan da Penha

Atualizado em 31 de janeiro de 2020 às 11:37
Lorena Vieira, mulher de Rennan da Penha, afirma ter sido vítima de racismo no Itaú. Foto: Reprodução/Twitter

A mulher do DJ Rennan da Penha, Lorena Vieira, viralizou.

Segundo contou no Twitter, funcionários de uma agência do Itaú na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, consideraram suas movimentações financeiras suspeitas. A jovem conta que foi levada pela Polícia Civil a uma delegacia.

‘Não é porque eu sou preta e humilde que eu sou criminosa’, escreveu.

Em resposta, o Itaú disse lamentar pelos transtornos, mas afirmou que esse é um procedimento ‘padrão em casos de suspeita de fraude e não tem qualquer relação com questões de raça’.

Graças ao caso dela, Itaú está nos Trending Topics com mais de 76 mil mensagens.

O próprio Rennan da Penha e o youtuber Felipe Neto fizeram pressão no banco nas redes.

Eis o relato de Lorena:

Fui retirada do banco @itau pela polícia civil Humilhada e esculachada Por minha conta receber um bom dinheiro E segunda eles, é FRAUDE E MAIS VÁRIAS COISAS Meu dinheiro está PRESO e eu quase fui PRESA por NADA!!!!!! Não é pq eu sou preta e humilde que eu sou criminosa!!!

@itau e seus funcionários, racistas ou não? Preconceituosos ou não? Me fizeram esperar até o banco fechar, dizendo q estavam resolvendo meu problema é CHAMARAM A POLÍCIA??????

https://twitter.com/rennan_penha/status/1223004429546401797

https://twitter.com/felipeneto/status/1222996702061375492

Também viralizaram relatos sobre o banco:

https://twitter.com/detremura/status/1222995713245818880

https://twitter.com/jssiuca/status/1222992744391618580

https://twitter.com/Viniciusqn99Q/status/1223002777091289089

E o banco respondeu:

*****

O DCM recebeu o seguinte email da assessoria de imprensa do Itaú:

O Itaú Unibanco lamenta e se desculpa pelos transtornos causados a Lorenna Vieira nesta quinta-feira, no Rio de Janeiro, e já entrou em contato com ela para resolver a situação. O Itaú Unibanco esclarece que o procedimento adotado na agência é padrão em casos de suspeita de fraude, e não tem qualquer relação com questões de raça ou gênero.

O objetivo era proteger os recursos de Lorenna de possível fraude, uma vez que já havia um bloqueio preventivo de sua conta corrente e era difícil identificá-la com o documento apresentado no caixa. O Itaú Unibanco acredita que toda forma de discriminação racial deve ser combatida.