“Somos independentes”: a sova moral do promotor paraguaio do caso Ronaldinho em Moro. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 11 de março de 2020 às 20:16
Moro enquanto era chamado de “capanga de miliciano” por Glauber Braga

O Paraguai é aqui.

Em sua chegada ao Palácio da Justiça em Assunção na terça, dia 10, o promotor Osmar Legal, que cuida do caso Ronaldinho Gaúcho, deu uma sova moral no ministro da Justiça Sergio Moro.

Ele foi questionado sobre as injunções de Moro junto a autoridades paraguaias com relação à prisão do ex-craque e de seu irmão Assis.

“Somos independentes, tanto internamente quanto externamente”, respondeu.

À Folha, declarou que “os dois não sairão até que tragam a informação verdadeira sobre a finalidade dos passaportes falsos”.

“Eles são parte de uma investigação maior que estamos fazendo, que envolve outras pessoas e outros crimes com os quais eles poderiam ter vínculos.”

Ponto.

O ministro do Interior do Paraguai, Euclides Acevedo, relatou que “Moro me escreveu no sábado (dia 7) e perguntou sobre a situação de Ronaldinho”.

“Quis saber se ele e Assis poderiam ser libertados. Respondi que não depende de mim”, contou Acevedo.

“Também perguntou se estão em um local seguro, e respondi que sim. Ele não gostou da prisão de Ronaldinho.”

Acevedo não foi desmentido.

Falta trabalho? Falta festival de punk rock para censurar?

Se o Brasil fosse sério, Sergio Moro estaria explicando agora a preocupação com rematado pilantra, a ponto de interferir em país alheio.

Mas isso aqui é o Paraguai.