Todos nós convivemos com Mandettas com os mais variados perfis, nas redações, nas repartições públicas, nas corporações, no comércio, nas escolas, no teatro, em quase todas as artes coletivas, no futebol.
Há sempre um Mandetta em qualquer atividade em que existam chefes inseguros e autoritários e subalternos atrevidos, ou seja, em quase todo lugar.
Eu convivi com grandes Mandettas. E eu mesmo brinquei de ser Mandetta e me quebrei várias vezes. Não me arrependo. Como dizia Darcy Ribeiro, me senti honrado por não estar ao lado dos vencedores.
Em algum momento da vida é preciso mandettar.
(Não é preciso dizer que Mandetta é de direita. Não é essa a questão. O sentido aqui é o da afronta, não interessa a ideologia. E Mandetta é hoje a grande expressão da afronta nacional a um chefe metido a déspota e fraco, talvez o chefe mais molenga de todo o Brasil.)