Diretor da Abin ligado ao gabinete do ódio de Carluxo é cotado para chefiar a PF

Atualizado em 24 de abril de 2020 às 15:45
Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Em sua última aparição na TV, numa entrevista ao programa Roda Viva, o ex-ministro Gustavo Bebianno, que morreu no último dia 14 de março, afirmou que o vereador Carlos Bolsonaro queria montar uma “Abin (Agência Brasileira de Inteligência) paralela”.

“Um belo dia o Carlos aparece, com os nomes de um delegado federal e três agentes, propondo uma ‘Abin paralela’ porque ele não confiava na Abin. Eu e o general Santos Cruz aconselhamos ao presidente que não fizesse aquilo de maneira alguma”, disse Bebianno.

O delegado a quem Bebianno se referia é o atual diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagen, que tem forte ligação com Carluxo e é cotado para assumir o comando da Polícia Federal no lugar de Maurício Valeixo. Ele é próximo inclusive de aliados do gabinete do ódio, e foi chefe da equipe de segurança do então candidato à presidência Jair Bolsonaro em 2018.

Além de manter um bom relacionamento com Moro e a família Bolsonaro, Ramagem também parece ter apoio da ala militar do governo.

Na entrevista ao Roda Viva, Bebianno fez questão de falar sobre o comportamento de Carlos Bolsonaro, que comanda o gabinete do ódio. Afirmou que o 02 “deveria procurar tratamento” e alertou para a sua influência sobre o governo: “A pressão que o Carlos faz é tão grande que o presidente não consegue se contrapor ao filho”.

Veja o vídeo abaixo: