Ao atacar Bolsonaro e chamá-lo de covarde, no vídeo que fez sucesso ontem, Olavo de Carvalho cita apenas dois veículos como seus inimigos.
O DCM e o Brasil 247, diz ele, são há décadas o gabinete do ódio criado para atacá-lo. O DCM existe desde 2009, e o 247 foi criado em 2011.
Olavo tenta ser egocêntrico, no seu desespero para pedir dinheiro a Bolsonaro e ao véio da Havan, ao achar que os dois maiores jornais progressistas do Brasil existem para destruí-lo.
A referência apenas aos dois não deixa de ser um elogio. Olavo lê o DCM e o 247 e estuda seus estilos. Diz que os dois usam a mesma linguagem e os mesmos temas.
O guru dos garotos de Bolsonaro terá de se entender com a família (os parentes de Adriano da Nóbrega e Gustavo Bebianno sabem que é arriscado), ao cobrar publicamente uma promessa de ajuda financeira.
Todos os que se envolveram com dinheiro com os Bolsonaros se deram mal. Olavo quer grana, como deixa claro no vídeo. Comendas e honrarias, diz ele, não vão resolver sua situação.
Olavo é um arquivo do bolsonarismo. E nada é pior nesse mundo em que ele vive do que ser um arquivo.
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Registro, com certo orgulho, que as agressões de Olavo ao Brasil 247 e ao DCM de alguma forma me atingem. Como me atingiram os ataques aos dois veículos feitos por Ciro Gomes, por acaso na mesma linha de Olavo.
Escrevo para os dois jornais, que são totalmente independentes um do outro. Seria problema se fossem elogiados pelo bruxo da extrema direita.
DCM e 247 Não funcionam, como disse Olavo, como gabinete do ódio contra ele (é muita pretensão), mas como uma espécie de gabinete do antifascismo.