Fernando Henrique Cardoso defendeu, em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, que este não é o momento para sacar Bolsonaro.
“Nós nos acostumamos a tirar do poder [com] impeachment. Como agora. Eu não sei nem se tem razão. Se inventa a razão, se cria a razão”, disse.
“Nós criamos uma democracia que é relativamente jovem e já tiramos dois presidentes. É muita coisa. Eu acho que tem que ter um pouco mais de tolerância”.
Em sua opinião, não deve haver “pregação pelo impeachment”.
O ex-presidente torce para que Jair Bolsonaro faça um bom governo.
“Quero que o presidente dê certo. Se não der certo, paciência. É feito fruta: quando apodrece, cai do galho”, falou.
FHC estava na vanguarda do golpe de 2016 contra Dilma. Anulou o voto em 2018, feito de que se orgulha.
“Não queria dar meu voto ao PT porque o PT havia sido bastante desastrado com a condução política do país e não concordava com a possibilidade de Bolsonaro com sua agenda negativa”, afirma.
Não se tolera o intolerante, como prega Karl Popper. Os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles.
O misto de covardia e oportunismo expõe a falta de rumo do tal movimento Direitos Já.
Se um de seus principais articuladores é contra o impeachment de Bolsonaro, para que a palhaçada toda?
Para fazer live e sair no Jornal Nacional?
Os demais participantes concordam com FHC? Se não estão, o que fazem junto com ele?
Com a palavra, Flávio Dino, Fernando Haddad e Guilherme Boulos.