Na Bíblia de Michelle Bolsonaro, cachorros devem ser mais bem tratados que sua avó em UTI com covid-19

Atualizado em 5 de julho de 2020 às 10:35
Michelle Bolsonaro e o cachorro Augusto, que se chamava Zeus

A avó de Michelle Bolsonaro foi transferida na sexta-feira à noite para a UTI do Hospital Regional de Santa Maria, em Brasília.

Maria Aparecida Firmo Ferreira, de 79 anos, está com covid-19.

Desde o dia 1º ela se encontra em um “box” de emergências, usando máscara de oxigênio. Segundo o Correio Braziliense, ela foi encontrada por vizinhos caída em uma rua da favela Sol Nascente sentindo falta de ar, sendo que já estava com dores.

Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal afirmou que Maria Aparecida está tendo “toda a assistência necessária ao quadro de saúde”.

Há dias, a neta virou notícia após a adoção de um cachorro de raça. “Augusto”, descobriu-se depois, chamava-se “Zeus” e tinha dono, Nagib.

O pastor maremano saiu atrás de uma cadela no cio, segundo Nagib, e se perdeu.

Estava com uma coleira no momento do “resgate”. Passou doze dias como “segundo filho” do casal Michelle-Jair, tratado a pão de ló.

Ganhou uma conta no Instagram. Michelle lamentou a despedida do bicho pelas redes.

“Meu amor, vamos sentir saudades de tudo com você”, escreveu. O vídeo tem música para chorar.

Sabe Deus o que houve entre Michelle e a avó para a velha fosse abandonada.

É, tudo indica, um crime sem perdão para a mulher de Jair. Maria Aparecida chegou a ser presa traficando drogas em 1997. Estava com 169 “cabecinhas de merla”, subproduto da cocaína.

Mas é difícil crer que Michelle, casada com Bolsonaro, se incomode com isso do ponto de vista moral. Ou não haveria, também, cheque de Queiroz.

Em algum lugar da Bíblia de Michelle Bolsonaro, evangélica devota, cidadã de bem, está escrito que cães devem ser mais bem tratados que avós à beira da morte.

Amém.

Aparecida, avó de Michelle Bolsonaro, na favela onde mora no DF (FOTO: Cristiano Mariz/VEJA)