Se isso não é CRIME contra a saúde pública, nada mais é. O sujeito DELIBERADAMENTE colocou jornalistas em risco ao fazer isso. E ainda pedem empatia com um maluco desse?! pic.twitter.com/tG45lNa6iv
— Rogério Tomaz Jr. (@rogeriotomazjr) July 7, 2020
Não há nada pior que patrulha moral. Nada.
“Não vou fazer ironias. Muito menos iluminar rancores. O presidente do Brasil, goste dele ou não, testou positivo p/ Covid19. Isso é grave”, escreveu Luciano Huck no Twitter.
“Nenhum cidadão tem como se sentir seguro nestas condições. O momento é muito sério. E requer a empatia que cobramos dos outros.”
Primeiro: que diabo significa “iluminar rancores”?
Segundo: empatia não é um algo ilimitado e que se estende a qualquer um. No mínimo, requer reciprocidade.
Os 65 mil mortos não mereceram compaixão de Bolsonaro — e nem de Huck, aliás.
Bolsonaro é o homem que respondeu “E daí?” quando lhe pediram uma palavra sobre um recorde de mortes diárias por coronavírus (houve vários).
O filho dele, Eduardo, disse o seguinte quando Joice Hasselmann anunciou que tinha a covid-19: “Não sabia que coronavírus dava em porco”.
Irresponsável, o sujeito passou meses provocando aglomerações e fazendo reuniões em máscara.
Agora alega estar adotando precauções para não transmitir a doença para terceiros, “como qualquer cidadão” deveria fazer.
O vírus pode ficar incubado por até catorze dias. Se ele começou a se sentir mal no domingo, provavelmente contaminou outras pessoas desfilando sem máscara.
Nas contas da Veja, o sujeito teve contato direto pelo menos 50 pessoas nos últimos 8 dias. Isso oficialmente.
Na semana passada, recebeu dirigentes futebol, esteve em Santa Catarina e voltou correndo para ir puxar o saco do embaixador americano, Todd Chapman.
Chapman testou negativo. Estava também com o babaquara Ernesto Araújo e Eduardo.
Generais, ministros, o sanfoneiro da Embratur, a pobre intérprete de libras. Sem contar Michelle e a filha.
Quer empatia?
Tenha por esses inocentes que estiveram em contato com um irresponsável que deveria ser interditado, muito mais do que impichado.