A Globo ataca Aras e tenta salvar, desesperada, a Lava Jato porque sabe que afunda com ela. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 29 de julho de 2020 às 15:58
Miriam Leitão, Moro e Vladimir Netto: tudo em família

A Globo está absolutamente histérica em sua defesa da Lava Jato.

É assessoria de imprensa pura e simples. Todos os jornalistas concordam entre si que a operação é a coisa mais importante do milênio desde a invenção do Yakult.

Quando há uma voz dissonante, como a do sociólogo Demétrio Magnolli, ela é abatida a pauladas por alguma pena de aluguel.

Na última segunda, foi a vez do geralmente discreto Gerson Camarotti, que se revoltou com a crítica correta de Magnolli sobre o dinheiro que a juíza Gabriela Hardt “desistiu” de dar para o combate à pandemia.

Dinheiro que nunca foi dela, mas do governo brasileiro. Mas, para o Jornal Nacional, é uma bondade da doutora Hardt.

O abraço do afogado da Globo em Dallagnois e Moros se explica porque eles são, como gostava a conja, “uma coisa só”.

De Valdo Cruz a Natuza Nery, ninguém consegue divergir dos dados alarmantes que Aras expôs em live do grupo Prerrogativas.

Entre outras coisas, Aras disse que “a força-tarefa de Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas com seus dados depositados, que ninguém sabe como foram colhidos”.

“Não podemos aceitar 50 mil documentos sob opacidade”, falou.

“É um estado em que o PGR não tem acesso aos processos, tampouco os órgãos superiores, e isso é incompatível”.

A argumentação dos lavajatistas da Globo é a de que o discurso de Aras é “o mesmo” da defesa de Lula.

Não é verdade, mas é revelador do desespero da emissora dos Marinhos e seus paus mandados.

O Prerrogativas já está sendo chamado de puxadinho do PT. Aras, eles garantem, quer vaga no STF.

A Globo tenta impedir a queda inexorável do lavajatismo porque, assim que a turma cair, leva junto seis anos de mau jornalismo, feito à base de vazamentos ilegais e uma agenda canalha.

Muitos ali ganharam um bom dinheiro explorando essa ficção dos templários de Curitiba.

Vladimir Netto, por exemplo, filho de Míriam Leitão, autor de livro publicado, inclusive, em Portugal. No lançamento, estavam lá mamãe e Sergio Moro.

Prefácio de Fernando Gabeira, que excursionou com Dallagnol em palestras.

A festa acabou. Resta à emissora apelar para luminares como o Major Olímpio. 

O que se assiste aqui é um cadáver estrebuchando, ao ritmo da voz molenga de Gabeira.