Esta nota foi atualizada:
O procurador Ailton Benedito do MPF, responsável pelo recurso judicial que quer obrigar o SUS a oferecer cloroquina para vítimas da Covid-19, tem um sinistro passado.
Ele já foi acusado de sequestrar e torturar um ex-servidor do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), Esdras Emmanuel Sousa Góes.
O procurador da República Ailton Benedito […] participou do meu sequestro e tortura juntamente com alguns juízes […], com procuradores da república […] envolvidos no caso de Corrupção na Justiça do Trabalho de Goiás e com diversos delegados federais e policiais federais. O motivo foi que eu denunciei, com mais de 50 gravações e outros documentos comprobatórios, práticas de corrupção”, conta o servidor.
Entusiasta da ditadura, Ailton já foi convidado por Bolsonaro para assumir uma cadeira na Comissão de Mortos e Desaparecidos do governo, mas foi vetado pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal.
No fim do ano passado ele tentou, ainda, impedir que o Facebook retirasse conteúdos de ódio do ar.
Um belo currículo.
ATUALIZAÇÃO
Em resposta a uma requisição da Revista Fórum, o TRT desmentiu as acusações.
Segundo o TRT, todos os procedimentos adotados contra Esdras seguiram rigorosamente a legislação, com prazo para que o servidor recorresse da expulsão dos seus quadros – o que ele não fez segundo o tribunal.
O tribunal aponta que as atitudes que levaram à demissão do ex-servidor foram desídia (deixar de cumprir suas atribuições), insubordinação (desobediência a ordens de superiores hierárquicos) e ofensas infundadas à honra de magistrados e servidores. Antes de ser demitido ele recebeu 1 advertência e 2 suspensões, mas, segundo o TRT, seguiu com o mesmo comportamento.
Além disso, o TRT alega que as gravações de Esdras são descontextualizadas por ele e que “é importante dizer que, antes da conclusão do processo disciplinar, foi aberto incidente de insanidade para, diante de alguns comportamentos do servidor, avaliar sua saúde mental”.
Leia a resposta completa do TRT aqui.