No desespero, Dallagnol vai ao STF para interromper processo de remoção da Lava Jato

Atualizado em 10 de agosto de 2020 às 17:55
Deltan Dallagnol. Foto: VLADIMIR PLATONOW/AGÊNCIA BRASIL

Deltan Dallagnol vai ao STF para barrar a análise no Conselho Nacional do Ministério Público do processo que pede para ele ser removido da coordenação da Lava Jato.

Na ação apresentada à corte, o procurador afirma que, na ausência de uma ordem de paralisação imediata do pedido de remoção, ele estará sujeito a um julgamento sobre fatos já repelidos pela Corregedoria-Geral do MPF e pelo próprio CNMP.

Não poderia trazer à baila, também, fatos surgidos a uma semana do julgamento, sem devido contraditório e sem que tenha direito de produzir provas em sua defesa.

Deltan reclama que lhe estão sendo negados “o princípio da ampla defesa, o princípio do contraditório”.

Há novas imputações que estão sendo agregadas ao pleito formulado pela senadora Kátia Abreu.

O principal argumento contra Dallagnol é a tentativa de a força-tarefa criar uma fundação para administrar parte de recursos que ficariam no Brasil a partir de um acordo que a Petrobras firmou com os EUA para indenizar acionistas lesados pelo esquema de corrupção na companhia.

Deltan também pede que a corte suspenda um processo movido contra ele por Renan Calheiros, em que Renan o acusa de ter feito campanha no Twitter contra a sua eleição à presidência do Senado, em janeiro de 2019.

Se encarasse a luta conta a corrupção como uma profissão de fé, mesmo, Dallagnol teria já pedido o boné e aceitado que não tem mais a menor condição de prosseguir na cabeça da LJ.

É um farrapo humano moral, absolutamente desgastado.

A questão é que o sujeito se enxerga como um messias, um Mick Jagger de bochechas rosadas, e que sem ele nada mais funciona.

Prefere afundar com o navio. É uma aberração que só Fachin entende e sabe-se lá o que está por trás desse abraço de afogados.