Deltan Dallagnol vai ao STF para barrar a análise no Conselho Nacional do Ministério Público do processo que pede para ele ser removido da coordenação da Lava Jato.
Na ação apresentada à corte, o procurador afirma que, na ausência de uma ordem de paralisação imediata do pedido de remoção, ele estará sujeito a um julgamento sobre fatos já repelidos pela Corregedoria-Geral do MPF e pelo próprio CNMP.
Não poderia trazer à baila, também, fatos surgidos a uma semana do julgamento, sem devido contraditório e sem que tenha direito de produzir provas em sua defesa.
Deltan reclama que lhe estão sendo negados “o princípio da ampla defesa, o princípio do contraditório”.
Há novas imputações que estão sendo agregadas ao pleito formulado pela senadora Kátia Abreu.
O principal argumento contra Dallagnol é a tentativa de a força-tarefa criar uma fundação para administrar parte de recursos que ficariam no Brasil a partir de um acordo que a Petrobras firmou com os EUA para indenizar acionistas lesados pelo esquema de corrupção na companhia.
Deltan também pede que a corte suspenda um processo movido contra ele por Renan Calheiros, em que Renan o acusa de ter feito campanha no Twitter contra a sua eleição à presidência do Senado, em janeiro de 2019.
Se encarasse a luta conta a corrupção como uma profissão de fé, mesmo, Dallagnol teria já pedido o boné e aceitado que não tem mais a menor condição de prosseguir na cabeça da LJ.
É um farrapo humano moral, absolutamente desgastado.
A questão é que o sujeito se enxerga como um messias, um Mick Jagger de bochechas rosadas, e que sem ele nada mais funciona.