Em um vídeo gravado durante a campanha eleitoral de 2018, Damares Alves, a ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, chamou a extremista Sara Winter de “filha” e disse ter orgulho da então candidata a deputada federal.
Na gravação, Damares afirmou que ela atuaria em “defesa da vida”.
Neste domingo (16), Sara Winter revelou o endereço da unidade de saúde em que aconteceria o aborto legal da menina de 10 anos, que engravidou após ser estuprada pelo tio, e divulgou também o nome da criança.
No mesmo dia, Damares começou uma campanha para pressionar a menina a levar a gravidez forçada adiante. Não satisfeita, a ministra enviou na quinta-feira “emissários” à cidade capixaba.
O uso político que as duas fizeram do caso resultou no protesto de bolsonaristas “pró-vida” em frente ao hospital onde foi realizado o aborto.
Damares colocou Sara Winter como cordenadora de atenção à gestante do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
Não esqueçamos que querer OBRIGAR uma criança violentada a parir, mesmo que isso coloque sua vida EM RISCO é PROJETO DESSE GOVERNO!pic.twitter.com/8WTuUYozmS
— Adrieli (@Adrieli_S) August 17, 2020