Flordelis e Everaldo não são exceção, e sim regra entre os evangélicos.
Cidadãos de bem, moralistas, contra o “homossexualismo” (sic), o “abortismo” (sic), o comunismo, a corrupção, a favor da família, dos valores cristãos — e de Bolsonaro.
Essa turma ascendeu ao poder com o fascista Jair e gostou.
Sejamos justos: todos os governos, de Lula para cá, agasalharam lideranças como Edir Macedo e Silas Malafaia.
Agora, porém, eles ocupam o centro do poder com um presidente que frequenta cultos com a mulher, embora seja católico.
Um presidente que quer no STF, para a vaga de Celso de Mello, um ministro “terrivelmente evangélico”.
Flordelis e o pastor Everaldo eram só fachada e fancaria.
Acusada de tramar a morte do marido, ela fazia sexo com filhos e filhas adotivos e ia a clubes de swing.
Tudo isso enquanto dava cursos sobre como manter a chama do casamento acesa com Deus.
Ele, por sua vez, foi preso por suspeita de meter a mão em dinheiro público da Saúde do Rio de Janeiro.
Nos EUA, os santarrões estão metidos também em escândalos.
O presidente de uma das maiores universidades evangélicas do mundo, Jerry Falwell Jr., renunciou após revelações sobre sua vida conjugal e ser acusado de hipocrisia.
Jerry endossou a campanha de Trump em 2016 e permanece fiel a ele.
Após uma foto de braguilha aberta no Instagram que gerou barulho, começou a surgir a verdade sobre sua vida dupla.
Seu sócio, Giancarlo Granda, contou ter feito sexo com ele a mulher durante seis anos.
“Becki e eu desenvolvemos um relacionamento íntimo e Jerry gostava de assistir do canto da sala”, disse Granda numa entrevista.
É desse material que são feitos os homens e mulheres que barbarizam enquanto dão pulinhos e gritam “amém” junto a otários que os sustentam.