José Genoino: “Rapaz, você não sabe quanto eu sofri nesses 14 anos”

Atualizado em 30 de agosto de 2020 às 16:08
José Genoino. Foto:: Reprodução/Blog do Esmael

Publicado originalmente no blog do Esmael Morais

O ex-presidente do PT, José Genoino, falou ao Blog do Esmael após a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), de Brasília, que, na terça-feira (18), extinguiu a punibilidade dele e do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Delúbio Soares.

A Terceira Turma do TRF1, por unanimidade, decidiu pela prescrição do crime de falsidade ideológica na ação penal relativa ao BMG, uma derivação do chamado Mensalão.

“Rapaz, você não sabe quanto eu sofri nesses últimos 14 anos”, disse Genoino ao titular desta página. O ex-presidente do PT iria conceder uma entrevista exclusiva ao Blog do Esmael, mas teve de cancelá-la em virtude do contrato com sua editora.

José Genoino está escrevendo uma autobiografia sobre a participação dele na militância estudantil, na guerrilha do Araguaia, no parlamento e na presidência do PT. A história começa em Quixeramobim, cidade em que ele nasceu no Ceará.

Na obra ainda no prelo, o petista detalha como ele passou de guerrilheiro a figura estratégica na articulação entre PT e as Forças Armadas nos governos Lula (2003-2010) e Dilma (2011-2016).

Ex-presidente nacional do PT, Genoíno foi condenado em 2012 no processo do mensalão a 4 anos e 8 meses de reclusão. Cumprida em regime semiaberto e domiciliar, a pena foi extinta em 2015 pelo STF.

Em novembro de 2013, o então deputado federal licenciado sofreu um infarto. Na época, ele cumpria pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

Isso e muito mais José Genoino promete relatar na sua esperada biografia.

Deu no New York Times: Bolsonaro chafurda na lama da corrupção

O New York Times, em página inteira, diz que a reeleição do presidente brasileiro Jair Bolsonaro, em 2022, pode ser atrapalhada por casos de corrupção.

A maior publicação do mundo relata os repasses do ex-assessor Fabrício de Queiroz, de R$ 89 mil, para a primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O Times ainda discorre sobre a rachandinha, que o jornal descreve como “roubo” de dinheiro público a partir de contratação de funcionários fantasmas para cargos públicos.

Além do filho Zero Um, o senador Flávio Bolsonaro, o New York Times também lista o próprio presidente Jair Bolsonaro como praticamente desse “esporte” da rachadinha quando era deputado federal.

O jornal americano ainda destaca a falência do modelo de combate à corrupção, pelo judiciário, agravado com a saída do ex-juiz Sérgio Moro do governo Bolsonaro.

Mas, com certeza, Sérgio Moro também não seria solução para o Brasil. A Lava Jato quebrou o Brasil, enquanto o ex-juiz falava em suposto combate à corrupção.

No Brasil, somos mais de 80 milhões de desempregados, precarizados, informalizados, uberizados, pejotizados, enfim, semiescravizados pelo capital.

Bolsonaro faz um governo para os banqueiros e barões da velha mídia, enquanto cede algumas migalhas a título de auxílio emergencial de R$ 600 durante a pandemia.

Para comprovar seu desprezo com os mais pobres, o presidente Jair Bolsonaro tende a reduzir para R$ 300 essa importante porém pequena ajuda governamental.