As imagens mostram duas mulheres se beijando no Peugeot conversível na rua Dias Ferreira, uma das mais movimentadas do Leblon, Rio de Janeiro.
Ali, onde há bares e restaurantes com mesas na calçada, algumas pessoas não gostaram da cena, e uma delas jogou o que parece ser garrafa de água no carro, que atingiu uma das mulheres, identificada como Sheila, dona de clínicas de estética no Rio de Janeiro e em Curitiba.
Sheila desceu do carro e revidou a agressão, mas, depois disso, começou na rede social um debate sobe os limites da troca de carícia em local público.
Não há imagem que mostre nada mais do que beijo na boca entre as duas mulheres.
A arquiteta, identificada como Aline Araújo, diz que as cenas eram mais tórridas.
“Os três estavam fazendo preliminares, não era beijo na boca só não. Eram de biquini, preliminares, aparecendo tudo que a gente podia imaginar de um filme pornô bem ali na nossa frente”, diz.
Repita-se: não há imagem pública que comprove esse testemunho.
O próprio vídeo em que Aline grava seu depoimento tem pelo menos uma imagem de outro momento que não na frente do restaurante. Não mostra nada além do beijo entre duas mulheres bonitas, e de biquíni.
A arquiteta diz que, se soubesse que presenciaria a cena, não teria saído de casa. Conta que foi ao restaurante com duas crianças.
No final, se gabou da atitude de jogar água nas mulheres.
“As pessoas hoje têm medo de tomar uma atitude para impedir o errado”, afirmou.
Se a questão é discutir o certo e o errado, não é propriamente um acerto, em tempos de pandemia, se aglomerar em um restaurante, permanecer ali sem máscara e, ainda por cima, com duas crianças.
Ah, e tem o cidadão de bem que retirou a parte de cima do biquíni da empresária, supostamente namorado de arquiteta Aline.
Ele pode ser enquadrado por agressão ou, no limite, responder por ataque sexual.
Ao contrário do testemunho de Aline em relação às moças que se beijavam, o vídeo registra o momento em que ele puxa a parte de cima do biquíni da empresária.
Foi um ato covarde e absolutamente desnecessário.