O jurista Kassio Marques reage ao processo que ficou conhecido como “decotelização”. Trata-se da denúncia de fraudes e inconsistências no currículo do professor e economista Carlos Alberto Decotelli da Silva, que foi indicado ao MEC no governo Bolsonaro. Essas denuncias derrubaram Decotelli antes mesmo que ele iniciasse seus trabalhos como ministro da Educação. Um processo similar é enfrentado por Kassio, um nome alinhado com o Centrão que desagrada os bolsonaristas mais extremistas.
Publicado originalmente no Consultor Jurídico (ConJur)
O desembargador Kassio Marques, do TRF-1, indicado do presidente Jair Bolsonaro à vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal, informou nesta quarta-feira (7/10) que todos os cursos incluídos em seu currículo foram feitos devidamente.
Nesta terça-feira (6/10), o jornal O Estado de S. Paulo publicou que o currículo acadêmico apresentado pelo desembargador do tribunal em Brasília cita um curso de “postgrado” que não seria confirmado pela Universidad de La Coruña, na Espanha.
A assessoria de Marques, porém, informa em nota, toda documentada, que em nenhum momento foi afirmado que o aludido curso corresponde a uma pós-graduação no Brasil. “A coincidência é tão somente de ordem semântica, pois, na Espanha, curso de aperfeiçoamento após a graduação é denominado ‘postgrado’.”
“As nominações foram utilizadas conforme suas aplicações no país de origem. O curso ‘postgrado’ na Espanha não tem o mesmo significado acadêmico ao que corresponderia a sua literal tradução no Brasil (pós-graduação). Na Espanha, o ‘postgrado’ é um curso de aperfeiçoamento”, segue a nota.
Pós-graduação no Brasil pode ser especialização, mestrado e doutorado. Já pós-doutorado não é uma titulação acadêmica, e sim um estágio, um novo aperfeiçoamento.
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