Pede pra sair, Rogério Ceni

Atualizado em 17 de outubro de 2014 às 17:03
ceni
Ceni

A ausência do camisa 1 foi um dos motivos da vitória do São Paulo em cima do poderoso Cruzeiro.  Já passou da hora de o goleiro se aposentar.

Rogério é titular do Tricolor desde 1997 e atualmente é o segundo jogador que mais vestiu a camisa de um clube na história do futebol (depois de Pelé). Em todo esse tempo, Rogério ganhou status de mito e se tornou o maior ídolo da história da equipe. É o maior goleiro-artilheiro de todos os tempos e foi herói de muitos títulos. Mas, mas ao longo dos anos, Ceni acabou se tornando um problema para o time. Brigou com Ney Franco, ex-técnico, e o diretor Adalberto Baptista, que ousou criticá-lo, causando a demissão de ambos.

Rogério é um líder respeitado pelos jogadores e torcedores, mas seu temperamento explosivo tem se mostrado um embaraço. No sábado passado, após a vitória por 3 a 2 sobre o Vitória, o goleiro se recusou a cumprimentar o treinador da equipe baiana, o desafeto Ney Franco, e ainda chamou seu próprio time de “bosta”.

Ontem, o Tricolor venceu a equipe do Cruzeiro, que ainda não havia perdido em casa, por 2 a 0. Ceni não jogou por causa do terceiro amarelo e, não por acaso, seu substituto, Denis, foi decisivo.

O goleiro deveria ter se aposentado no ano passado, quando o São Paulo foi campeão da Copa Sul-Americana, mas ficou no clube. Agora, se é que vai parar neste ano, como tem falado, sairá do futebol brigado com jogadores, com ex-treinadores, ex-diretores, entre outros. Também corre o risco de levar o Tricolor à série-B ou à beira dela.

Alguns diretores do clube lançaram outros nomes de goleiros para substituírem Rogério. Mas não será tão fácil de livrar-se do goleiro, pois mesmo aposentado, ele se tornará diretor, treinador ou qualquer outra coisa.

Após ter tido a chance de sair por cima, com tantas glórias, resolveu continuar no futebol. Pôs em risco a grande “fábrica de goleiros” do São Paulo. Antes, o time paulista dependia da fibra, do carisma e do talento do camisa 1. Agora, ele apenas atrapalha a equipe com seu jeito desagregador. Se o São Paulo pretende voltar a ser aquele excelente time, a última coisa que precisa é de um homem como Rogério Ceni.