Quem não tem cão caça com jumento.
Na falta de Sergio Moro, queimado no debate público e irrelevante, a Globo tem lançado mão do Major Olímpio, o último lavajatista da vida real.
Olímpio está todo dia na GloboNews, falando com Natuza Nery, Andréia Sadi et caterva, dando suas cacetadas com sua voz cava e os maus bofes.
Destituído de objetividade, gritalhão, histriônico, ele volta e meia é instado a se comportar pelo César Tralli de plantão.
O senador do PSL de São Paulo, ex-bolsonarista, chuta o balde e tenta cumprir o papel de paladino da luta contra a corrupção.
Seu nome está sendo aventado para concorrer à presidência no lugar de Moro, que anda mais preocupado em achar abrigo fora do país.
Ultimamente, o velho PM tem sido usado pela Globo para bater na decisão de Marco Aurélio Mello sobre André do Rap e a aplicação do artigo 316 do Código de Processo Penal.
Olímpio tem a sutileza de um mamute, o que destoa da canalhice com punhos de renda do ambiente.
Segundo ele, é tudo para “proteger bandido” etc.
No final desse horizonte está o julgamento da suspeição de Moro e a possibilidade da devolução dos direitos políticos de Lula.
Num painel, Olímpio acusou uma interlocutora de querer “desqualificá-lo” por falar de seu estilo — como se precisasse de ajuda de alguém para isso.
Sua presença garantida na Globo diz muito sobre o desespero dos Marinhos.