A mais importante conclusão da nova pesquisa Datafolha é algo que já se sabia antes dela: a dupla Eduardo Campos e Marina Silva só faz sentido se ela for candidata à presidência e ele for qualquer outra coisa.
Como mostra a pesquisa, Dilma leva já no primeiro turno caso seus rivais sejam Aécio e Campos. Falta um ano, é verdade. Mas as chances de que as coisas mudem – com o trio Dilma, Aécio e Campos – são, definitivamente, escassas.
Com Marina no topo da chapa do PSB, como era amplamente sabido e o Datafolha confirma, o cenário fica mais indefinido. Primeiro, pode haver segundo turno. Depois, se realmente o houver, Marina iria para a grande final com muito mais chances do que Serra em 2010.
É muito “se”, é verdade. Mas o tabuleiro político vai se montar, aos poucos, em cima disso mesmo, os “ses”.
A ambição de Eduardo Campos de ser candidato a presidente em 2014 dificilmente resistirá a mais algumas pesquisas que apontem a mesma coisa do último Datafolha. Ele provavelmente terá que olhar para mais longe, 2018 ou mesmo 2022.
A polarização está posta: Dilma e Marina. O PSDB despede-se, em 2014, do papel de cabeça da oposição, qualquer que seja seu candidato. Aécio só avançará com um milagre, e Serra nem com isso: quatro entre dez eleitores o rejeitam, mostrou o Datafolha.
No campo das incógnitas, a mais fascinante reside no PT. Dilma é favorita a um segundo mandato, por ora. Aliás: amplamente favorita. Mas e se nos movimentos das peças se consolidar a candidatura de Marina? E se, isso acontecendo, as pesquisas apontarem equilíbrio entre Dilma e ela num eventual segundo turno?
Bem, aí o nome de Lula será cada vez mais murmurado. Repito: é muito “se”. Mas os “ses” costumam influir cada vez mais nas decisões capitais à medida que a distância para as eleições vai encurtando.