Publicado originalmente no blog do autor
Por Fernando Brito
Nada mais revelador da (falta) de capacidade de Sergio Moro de reunir em torno de si nada (a não ser uma penca de deslumbrados, sem densidade e trajetória políticas, que acham que é a toda hora que aventureiros se elegem para a presidência, como em 2018) do que a reação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, dizendo que há “chance zero” de subir ao palanque de uma candidatura Moro, porque este “é de extrema-direita”.
Ufa! Foi preciso que alguém indubitavelmente à direita, como Maia, para que se pare de falar na pretensa candidatura Moro como “de centro”!
Sim, é exato. Sem o “fermento” Moro, Jair Bolsonaro jamais teria deixado de ser um personagem folclórico, detestável mas pouco perigoso.
Quem colocou o Brasil no “ciclo do ódio”, como disse mais cedo, foi o ex-juiz carreirista que, há muitos anos, transformou seu tribunal em palanque para projetar-se e se imbuiu-se da atitude de maroto “salvador da pátria”.
Moro, se ainda precisava de um “pede para sair”, ganhou um de Rodrigo Maia.
Que, aliás, já produziu efeitos e fez Luciano Huck disparar para a imprensa que está almoçando com Maia e que “sua turma” é essa.
Moro é uma lata velha sem chance de reparo.