A extrema direita adota Bruno Covas. Por Moisés Mendes

Atualizado em 17 de novembro de 2020 às 14:42

Publicado no blog do Moisés Mendes

Bruno Covas em campanha. Foto: Reprodução/Facebook

Guilherme Boulos empurrou o tucano Bruno Covas não só para a direita da direita, mas para o colo da extrema direita em São Paulo.

O neto de um dos líderes do projeto (que não deu certo) da social-democracia brasileira é hoje parceiro das ideias mais reacionárias produzidas pelo golpe de 2016.

Covas está conversando com toda a extrema direita. A Folha informa hoje que o bispo Edir Macedo foi questionado por um seguidor em rede social sobre em quem votar e respondeu: “Jamais votarei na esquerda, portanto estamos com Covas”.

Isso quer dizer que, se Fernando Henrique Cardoso entrar na campanha no segundo turno, poderá aparecer a qualquer momento ao lado de alguém com a camiseta de Bolsonaro.

O mesmo fenômeno acontece, sem surpresas, em Porto Alegre. O candidato Sebastião Mello, do PMDB, que sempre tentou se posicionar ao centro, mesmo que com mais afinidades com a direita, agora fala no mesmo tom da extrema direita.

Não é só uma questão de apoios, é de discurso mesmo. Tem candidato da direita falando como se fosse bolsonarista desde criancinha.
Bolsonaro, se quisesse, poderia fazer campanha em Porto Alegre com a sua nova turma.

Mas quem vai querer Bolsonaro por perto, depois da lavada que o sujeito levou domingo?