Como Erasmo Carlos, Jair Bolsonaro precisa de um homem para chamar de seu.
Agora que Trump virou um cadáver insepulto, Vladimir Putin é candidato à vaga.
Em seu encontro no curralzinho do Alvorada com seu gado, ele posou para fotos e deu uma intimada nos presentes.
“Ninguém aí viu o presidente da Rússia ontem falando, não? Alguém tomou conhecimento?”, perguntou.
Ninguém tinha visto nada.
Na Cúpula dos Brics, Putin fez elogios às “qualidades masculinas” do colega brasileiro.
A coisa é tão fora de propósito que parece ironia — o que está descartando, já que ironia e humor são coisas de veado para Putin.
“Sei que esse momento não deve ter sido fácil, mas o senhor enfrentou tudo como um homem de verdade e demonstrou possuir as melhores qualidades masculinas, como a coragem e a grande força de vontade, enfrentando todos os desafios com grande respeito e consideração pela vontade de seu povo e pelos interesses do seu país”, falou.
O que significa isso?
Nada.
Para Bolsonaro, porém, é um afago importante num momento em que ele está carente como um cão sem dono.
Nada mais natural que abane o rabinho e dê a patinha para Vladimir, na esperança vã de ser adotado.