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Por Felipe Quintas
A Alvarez & Marsal, empresa estadunidense que contratou Sergio Moro como diretor e faz a “recuperação” da Odebrecht – a raposa “recuperando” o galinheiro -, está massivamente presente no Brasil para dar suporte à privatização das empresas públicas brasileiras.
Não surpreendentemente, a empresa, segundo ela própria, é fortemente ligada ao aparelho de defesa e repressão dos EUA, pois, entre seus ex-funcionários, constam Steve Spiegelhalter (ex-promotor do Departamento de Justiça dos EUA), Bill Waldie (agente especial aposentado do FBI) e Robert DeCicco (ex-funcionário civil da Agência de Segurança Nacional), entre outros.
Moro é mais um funcionário do “deep state” estadunidense a ocupar um cargo na empresa. Neoliberalismo é colonialismo e ocupação externa, simples assim.
Lembro muito bem que, desde o início da Lava-Jato, várias pessoas diziam para mim que eu exagerava em dizer que a Lava-Jato era uma forma de invasão e colonialismo praticada pelos EUA e apoiada e desejada pelas oligarquias entreguistas daqui mesmo, que eu estava seguindo teorias da conspiração etc.
Pois bem. O tempo mostrou que não era teoria da conspiração, era prática da conspiração.
Infelizmente, o estrago já foi feito, a pilhagem já foi realizada, agora são a continuação e os desdobramentos.
O Brasil amarga profundamente esse estrago, por exemplo, na forma da maior taxa de desemprego da história e de 40% de informalidade entre a população economicamente ativa.
Esse estrago só aumentará nos próximos anos.
A Lava-Jato, continuando o trabalho de desmonte feito nos anos 1990, foi o nosso Great Reset.