O que seria do Brasil sem as castas?
Um grupo de promotores e procuradores do Ministério Público do Estado de São Paulo escreveu um abaixo-assinado solicitando que todos os membros tomem a vacina contra a covid-19 antes do resto da população.
O procurador-geral Mário Luiz Sarrubbo se manifestou prontamente, destacando que “poderia pessoalmente se empenhar em apresentar esse pleito ao Governo do Estado, (…) para ser levado à análise pelo Gabinete de Crise”.
“Não é uma questão de egoísmo em relação a outras carreiras, mas tendo em vista notadamente os colegas do primeiro grau, que trabalham com audiências, atendimento ao público e outras atividades em que o contato social é extremamente grande e faz parte do nosso dia a dia”, diz o trecho citado em reunião e obtido pelo Brasil de Fato.
Essa turma tem preferência sobre médicos, enfermeiros, comerciantes, trabalhadores de obras, funcionários de restaurantes e tantos outros que vivem de “contato social” intenso.
Eis a cultura que produz aberrações como Deltan Dallagnol e outros messias ordinários.
Na Inglaterra, a rainha Elizabeth, de 94 anos, que está no segundo grupo prioritário de mais de 80 anos, anunciou publicamente não vai furar a fila.
Residentes de lares de idosos e seus cuidadores estão na lista de prioridades, de acordo com a orientação do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização.
Não haverá tratamento especial para ninguém, segundo o governo britânico.
A família real brasileira é outro nível.