Falastrão covarde, Bolsonaro não aguentaria um terço das torturas que Dilma suportou com dignidade

Atualizado em 29 de dezembro de 2020 às 18:24
Carlos Alberto Brilhante Ustra. Foto: Reprodução/YouTube

Jair Bolsonaro deu “entrevista” ao filho Eduardo no YouTube.

Como de hábito, elogiou a ditadura e seu ídolo Carlos Alberto Brilhante Ustra.

“Não era preso político, não, os terroristas eram tratados no DOI-Codi de São Paulo com toda a dignidade, inclusive as presas grávidas”, falou.

Ustra foi chefe da repressão na cidade no início dos anos 70 e acusado de pelo menos 70 mortes e desaparecimentos, segundo a Comissão Nacional da Verdade.

Bolsonaro lamentou que o número de mortos tenha se limitado aos 434 oficialmente reconhecidos, enquanto mostrava para as câmeras a biografia de Ustra (“leitura obrigatória”, segundo o ignorante).

Quanto tempo o presidente resistiria nas mãos do psicopata que adora? Claro que para ser tratado com toda dignidade.

A CNV listou sete técnicas de sevícia relatadas por torturados. 

1. Choques elétricos

Os torturadores aplicavam descargas elétricas violentas nas orelhas, no ânus, na vagina e no pênis dos torturados. O método envolvia fazer o preso sentar em um assento de madeira revisto com folha de zinco (cadeira-do-dragão) e colocar um balde de metal em sua cabeça (conetado a eletrodos). Em suma, o torturado sentava nu na cadeira molhada recebendo descargas elétricas por todo o corpo.

2. Ingestão de insetos

Os torturadores introduzam insetos pela garganta dos torturados. As bocas dos prisioneiros eram completamente cobertas de besouros vivos e, em alguns casos, baratas. Ratos inteiros também eram forçadamente inseridos pelo ânus. O método ainda compreendia colocar os torturados em quartos completamente escuros, na presença de cobras e outros animais peçonhentos.

3. Empalamento

As origens do empalamento remontam ao século XIII. (…) Inspirados na técnica, os torturadores brasileiros introduziam cassetes embebidos em pimenta pelo reto dos torturados, até que perdessem completamente a consciência.

4. Estupros e cuspes

Além do empalamento com cassetes embebidos em pimenta, inseridos forçadamente no reto, os prisioneiros eram estuprados várias vezes por grupos de torturadores. Os algozes se revezavam, e cuspiam dentro das bocas dos torturados. Diversos xingamentos eram também direcionados aos prisioneiros durante os estupros. (…)

5. Golpes nas orelhas, pés e mãos

Os torturadores batiam com as mãos espalmadas nas orelhas dos presos. A técnica era executada diversas vezes, deixando os torturados desnorteados. Muitos deles desmaiavam após tantas pancadas. Os algozes também davam golpes de cassete na sola dos pés e nas mãos. Os golpes rompiam os vasos sanguíneos, provocavam inchaço e impediam os prisioneiros de ficar em pé, andar ou segurar objetos.

6. Mutilação dos testículos e das unhas

Os torturadores amarravam os testículos dos prisioneiros com barbantes, pedaços de madeiros e tijolos. O saco escrotal era golpeado com cassetes e porretes, sendo também esmagado com alicates. Os algozes da ditadura militar também usavam os alicates para arrancar as unhas dos torturados. Agulhas finas eram introduzidas nas unhas.

7. Suspensão em barra de metal (pau-de-arara)

Os prisioneiros eram suspensos por barras de metal (ou madeira). As barras eram enfiadas entre as pernas e os braços dobrados, deixando o torturado em uma posição muito dolorosa. O preso ficava o tempo todo de cabeça para baixo e tinhas as narinas preenchidas com querosene. Os algozes também tampavam o nariz dos prisioneiros para introduzir mangueira com água corrente em sua boca.