Originalmente publicado em BLOG DO MOISÉS MENDES
Por Moisés Mendes
O Brasil descobriu que tem infectologistas, epidemiologistas e microbiologistas. Eles faziam um trabalho quase invisível, que agora aparece todos os dias no Jornal Nacional.
A fala e o rosto consagrados são os de Natalia Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e presidente do Instituto Questão de Ciência. Natália é a acadêmica que a pandemia transformou em celebridade..
Nos anos 70, os sociólogos tentavam explicar nossas desgraças sociais. Nos 80, os economistas se dedicavam a decifrar as causas da inflação.
Hoje, os cientistas da saúde tentam nos defender dos negacionistas. Natalia é incisiva. Vale a pena publicar, para quem ainda não viu ou quer ver de novo, sua reação na TV Cultura.
A pesquisadora reagiu com irritação a uma reportagem da TV que tentou ser engraçadinha com os que negam a pandemia.
A reportagem acabou sugerindo que o melhor às vezes não é enquadrar quem não usa máscara e desrespeita o isolamento, mas deixar pra lá, fazendo abordagens com humor e leveza.
Abaixo, o link do vídeo com a reação de Natália:
__________________________________________________________________
NA FRANÇA É PIOR
Para quem anda em busca de consolos, tem essa pesquisa feita na França por Le Journal du Dimanche: 56% dos franceses não pretendem se vacinar contra a Covid-19, 44% disseram que planejam se vacinar “em algum momento” e apenas 13% asseguraram que irão se vacinar logo.
Aqui, os que não pretendem se vacinar estão ao redor de 20%.
__________________________________________________________________
COM E SEM PRESSA
Bolsonaro lançou, no dia 15, um plano nacional de vacinação que não esclarecia planejamento algum.
Depois, passou a depreciar as vacinas, até dizer que ninguém iria apressá-lo para que deflagrasse a vacinação.
E ontem disse tudo ao contrário: “Temos pressa em obter uma vacina”.
Hoje, ele pode voltar a dizer que não é bem assim, e segue o baile. Bolsonaro enrola um país hipnotizado, resignado, acovardado, imobilizado.
__________________________________________________________________
A HORA DA VERDADE
Esta é a semana decisiva para que se esclareça a eficácia da CoronaVac. João Doria está em situação complicada, depois de adiar o anúncio dos resultados dos testes pelo Butantan.
Se a CoronaVac tiver baixa eficiência, pouco acima de 50%, Bolsonaro irá fazer a festa e Doria pode desistir da candidatura em 2022.
Até porque as pesquisas mostram que, mesmo com a inciativa de desenvolver a vacina com os chineses, sua popularidade não cresce.