LGBTfobia na Igreja, ao incitar o ódio, o preconceito e a desinformação contra pessoas LGBT+, também é crime! Este bispo, Dom Jorge Pierozan, que é auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, proferiu contra a adoção de crianças por casais homoafetivos. pic.twitter.com/1ZRXZj3vSg
— Mídia NINJA (@MidiaNINJA) December 29, 2020
A homilia do bispo dom Jorge Pierozan , auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, contraria princípios básicos da civilidade. Ao atacar a adoção por casais homoafetivos, ele viola o direito não apenas do LGBT, mas da própria criança. Ela tem o direito de viver em uma família, seja de mãe solteira, pai solteiro, casal heteroafetivo, casal homoafetivo.
Talvez Dom Jorge Pierozan nunca tenha entrado em um orfanato, quando as crianças, alguns minutos depois de ser apresentado ao visitante ou à visitante, começa a chamá-los de mãe ou de pai, tamanha a carência.
Ele também ataca a educação laica, ao dizer que filhos de budistas não deveriam estudar em escolas mantidas por organizações católicas, que devem fazer “o nome do pai” antes de começar as aulas.
“Vão estudar para lá”, diz, desconsiderando o caráter laico da educação. Ao que parece, para ele escola é local de proselitismo religioso.
Claramente, dom Jorge Pierozan se coloca contra as posições do papa Francisco, que em documentário disse:
“Pessoas homossexuais têm o direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém tem o direito de ser descartado dela ou ser transformado em miserável por conta disso”, afirmou.
A fala está no filme “Francesco”.
Estar em uma família significa viver plenamente a condição de filho ou de pai ou mãe, ainda que pai de filhos adotados.
A fala de dom Jorge Pierozan é medieval e resultou na sociedade que hoje temos, com crianças abandonadas e casais heteroafetivos disfuncionais.