‘Hipoteticamente’, como o próprio faz questão de ressaltar, Bolsonaro mandou um recado ao Ministério Público do Rio de Janeiro por investigar o caso das ‘rachadinhas’ envolvendo o filho Flávio.
“Se ele errou, paga”, diz o mandatário, para então insinuar sobre o que fariam autoridades do Estado caso um de seus filhos fosse investigado por trafico de drogas.
“Como vocês precederiam?”, pergunta. “Mandariam para fora do Brasil para esfriar o processo”.
Publicamente, não se sabe de alguma autoridade do Estado que esteja numa situação assim.
Por isso a dúvida: Bolsonaro, acusado de manter uma Abin paralela, teria informações privilegiadas para chantagear de forma tão explícita alguém do MP?
E mais: é papel do Presidente da República agir assim, lançando no ar suspeitas que o próprio chama de ‘hipotéticas’ e reclamando de perseguição ao filho, envolvido num caso de corrupção explícita?
Como próprio capitão diz em sua falação, “ficam aí com a palavra as autoridades do Rio de Janeiro”.
Hipoteticamente isso seria uma admissão da culpa da família e uma ameaça. Hi-po-te-ti-ca-men-te, Ministé Púbidjanero. pic.twitter.com/Y5h7a1pIFs
— Maurício Ricardo (@MauricioRicardo) January 1, 2021