“Em 2021, o caminho será estreito para o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, se ele pretende salvar a economia sem deixar de lado sua popularidade”, prevê a revista britânica The Economist.
“Na cena internacional, a epidemia de Covid-19 confortou sua reputação de pária”, afirmava Sarah Maslin, correspondente da publicação no Brasil, em artigo publicado pela revista no especial “o mundo em 2021”.
A constatação já é observada por vários veículos europeus, para quem o Brasil virou sinônimo de pandemia.
O italiano La Repubblica diz em manchete: “Brasil, o drama de Manaus: acaba o oxigênio, o apelo de médicos e enefermeiros”.
“Confrontado como uma nova variante mais contagiosa do vírus, o estado do Amazonas está no desespero”, observa o jornal, um dos mais lidos na Itália.
“O pessoal médico é obrigado a praticar a ventilação manual para manter os pacientes em vida. No conjunto do país, outras 205 mil pessoas morreram”.
Contaminações que não param nas fronteiras brasileiras. “Ontem, o Reino Unido vetou viagens em grande parte da América Latina, Portugal e Cabo Verde, depois que diversos turistas que estiveram na região do Amazonas chegaram ao Japão com a nova variante do coronavírus, rebatizada ‘variante brasileira’, muito agressiva”, relata.
Na Espanha, o clima de preocupação em relação à variante brasileira é apontado pelo jornal ABC: “Preocupa muito essa variante do coronavírus encontrada no Brasil”.
Os números da pandemia no Brasil também são igualmente observados pelo espanhol El Diario. “Em meio ao recrudescimento da pandemia que confirma que o Brasil vive uma segunda onda da doença sem nunca ter superado a primeira, o Brasil registrou quinta-feira 67.758 contágios, índice superado apenas pelo recorde de 87.840 casos contabilizados no dia 7 de janeiro”.
A RTBF, rádio e televisão belga, descreve o Amazonas como um estado “atolado pela Covid-19”, em meio a um toque de recolher às 19 horas.
Enquanto isso, a questão da vez para alguns brasileiros, relata o francês Libération, é encontrar um meio de fazer carnaval. “Sem carnaval, Jair Bolsonaro sonhava, a Covid-19 conseguiu”.