O arcebispo emérito do Rio de Janeiro Dom Eusébio Oscar Scheid morreu hoje, aos 88 anos, em São José dos Campos após contrair a covid-19.
Segundo a Diocese local, Dom Eusébio enfrentava uma “forte pneumonia”.
Nascido em Luzerna, interior de Santa Catarina, ele foi ordenado bispo em 1981 pelas mãos do papa João Paulo II, quando adotou o lema acaciano “Deus é bom”.
“Deus é mau” seria demais.
Ainda passou pela Arquidiocese de Florianópolis, na qual foi arcebispo (1991-2001), antes de ser transferido para a Arquidiocese do Rio de Janeiro, permanecendo lá até 2009, quando foi sucedido pelo cardeal Orani João Tempesta.
“Entregou serenamente sua alma a Deus”, disse em nota a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Já a de Florianópolis agradeceu “a Deus pela vida de Dom Eusébio e pelos seus 60 anos de ministério presbiteral”.
Em 2003, durante o papado de João Paulo II, participou como cardeal do conclave que escolheu o alemão Ratzinger como Papa Bento XVI.
Na ocasião, envolveu-se em uma polêmica com o então presidente Lula, que externou o desejo de que o novo pontífice fosse brasileiro.
Ao desembarcar em Roma, o religioso acusou Lula de querer explorar politicamente o episódio e afirmou que ele “não era católico, era caótico”, em uma frase que repercutiu muito.
“Ele e o Espírito Santo não se entendem bem”, afirmou Eusébio.