Publicado originalmente no site GGN
POR LUIS NASSIF
Um dos episódios mais esdrúxulos do chamado “mensalão” foi o inquérito contra Henrique Pizolatto, colocado pelo PT na Diretoria de Marketing do Banco do Brasil. A maneira como a Procuradoria Geral da República, com o então procurador Antonio Fernando de Souza, e o Ministro Joaquim Barbosa, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), conduziram o processo representou definitivamente a abertura da jaula, por onde saíram depois os tigres famintos da Lava Jato.
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Utilizaram todo o ferramental empregado, posteriormente, pela Lava Jato: uso intensivo da mídia contra os dissidentes, sonegação de provas à defesa, criação de narrativas sustentadas em provas falsas. Os Ministros que ousavam divergir da interpretação eram alvos de campanhas da mídia e de escracho em aeroportos.
O episódio central foi o suposto desvio de R$ 75 milhões da Visanet. A lógica “lavajatiana” de Joaquim Barbosa consistiu no seguinte:
1. Tratar a Visanet como se fosse uma empresa pública, apesar de ter como acionistas, além do BB, vários bancos privados. (…)