André Mendonça, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (sem partido) e hoje na AGU, utilizou as redes sociais, nesta terça-feira (06), para atacar o pastor Augustus Nicodemus Lopes, de 66 anos, que afirmou existir igrejas “que só ligam para dízimo” ao falar sobre a polêmica da realização de cultos e missas presenciais na pandemia.

“Lamentável a forma preconceituosa e soberba com que Augustus Nicodemus se refere aos pentecostais. Milhões de vidas foram salvas através das igrejas pentecostais. Elas dão pão ao faminto, choram com os que choram e são o pronto socorro espiritual de quem nada tem”, afirmou Mendonça.

O ex-ministro ainda acrescentou o seguinte: “O Brasil deve muito aos pentecostais! Eles levam o Evangelho aos presídios, favelas, vilarejos e ribeirinhos. Estão onde religiosos elitistas não se dispõem a estar”.

O Brasil deve muito aos pentecostais! Eles levam o Evangelho aos presídios, favelas, vilarejos e ribeirinhos. Estão onde religiosos elitistas não se dispõem a estar.

— André Mendonça (@MinAMendonca) April 7, 2021

Em publicações nas redes sociais, o pastor Augustus Nicodemus Lopes afirmou que a pandemia foi politizada também pelos crentes. Ele é autor do livro “O Que a Bíblia Fala Sobre Dinheiro” que, em resumo, denuncia que a ela “fala mais de dinheiro do que de amor”.

“Por trás dessas brigas na internet, está, na verdade, uma aderência a alguma dessas ideologias mais à direita ou mais à esquerda (…) o debate está muito em cima dessas duas visões e o que elas representam hoje, e os seus representantes políticos hoje”, apontou Nicodemus, que é membro da Primeira Igreja Presbiteriana de Recife e ex-chanceler da Universidade Mackenzie, também presbiteriana.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, o pastor disse que as instituições “estão preocupadas porque têm um sistema de arrecadação que depende do [culto] presencial. Para não serem estranguladas financeiramente, vão dizer o que for necessário para defender igrejas abertas”.

Veja abaixo: