Publicado no Blog do Moisés Mendes
Bolsonaro foi aplaudido em jantar com empresários na quarta-feira em São Paulo. A Folha informou que foi ovacionado. Outros noticiaram que o sujeito provocou risos quando disse que os jornais só não insinuam que ele é boiola.
As reações das esquerdas ao encontro foram de incredulidade. Parece que a esquerda não acredita no apoio incondicional do empresário rico a Bolsonaro.
Mas outros jantares estão programados e podem virar moda. O empresariado quer comer na mesma mesa com Bolsonaro e desfrutar da sua capacidade de entreter e provocar boas risadas.
E essa é uma das questões em aberto: Bolsonaro teria, se ajustasse discurso e atitudes, o apoio da maioria do alto empresariado, não só da Fiesp, mas de todo o país?
Não há como saber. Falam em pragmatismo. Dizem que os empresários querem resultados que Bolsonaro e Guedes ainda pode oferecer com as reformas. Por isso eles aplaudem e riem das besteiras sem sentido do genocida.
Bolsonaro é o que o empresariado tem para o momento. Mario Amato, o lendário presidente das Fiesp, o que iria fugir do Brasil se Lula fosse eleito, jamais daria risada das tiradas homofóbicas de Bolsonaro.
O empresariado brasileiro evoluiu e inventou Bolsonaro, a criatura que parece não ter dado certo, mas que precisa ser embalada, enquanto eles acham outra que não seja uma aberração.
O empresariado do tempo de Mario Amato era reacionário, atrasado, um falso liberal dependente do Estado. Agora, continua atrasado, um capitalista retardatário e predador, mas ficou fascista.
Abaixo, a lista dos participantes do jantar:
Paulo Skaf, presidente da Fiesp
Flávio Rocha, da Riachuelo
Alberto Leite, da FS Holding
João Camargo, grupo Alpha
Alberto Saraiva, Habib’s
André Esteves, BTG Pactual
Carlos Sanchez, EMS
Candido Pinheiro, Hapvida
Rubens Ometto, Cosan
Claudio Lottenberg, da Conib
David Safra, banco Safra
Felipe Nascimento, da Mapfre Seguros
João Apolinário, Polishop
Washington Cinel, Gocil
José Roberto Maciel, do SBT
Luiz Carlos Trabuco Cappi, do Bradesco
Rubens Menin, CNN
José Isaac Peres, da Multiplan
Tutinha, Jovem Pan