Durante sessão do Parlamento Europeu na última quinta-feira (15), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi acusado formalmente de crime contra a humanidade, devido à crise sanitária vivida pelo Brasil na pandemia do coronavírus.
A denúncia será encaminhada ao Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia, na Holanda.
Na reunião, o discurso mais contundente foi o do eurodeputado Miguel Urbán Crespo, do partido de esquerda espanhol Podemos, que afirmou que Bolsonaro “declarou guerra aos pobres, à ciência, à vida e à medicina”.
Ele lembrou que o Brasil concentra 12% das mortes e 10% dos contágios por covid-19 no mundo, e responsabilizou o presidente pelo péssimo desempenho no combate ao vírus.
“Esta crise não é apenas sanitária, mas tem causas políticas. E no Brasil estas causas têm um nome e um responsável: o governo Bolsonaro”, declarou.
O eurodeputado ainda denunciou o projeto aprovado pelo ex-capitão que permite a compra de vacinas por empresários. “Uma clássica estratégia neoliberal de deixar morrer os serviços públicos para tratar o mercado como a única solução de emergência diante da crise”.
Segundo Crespo, trata-se de uma “autêntica vergonha” a União Europeia continuar negociando um acordo comercial do Mercosul com Bolsonaro.
En lugar de al #Covid,Bolsonaro le declaró la guerra a la ciencia y a la vida. Su necropolítIca es un crimen contra la humanidad que convierte a Brasil en el epicentro mundial de la pandemia. Así se lo hemos dicho a la CE y al embajador brasileño. #ForaBolsonaroGenocida pic.twitter.com/hDFnbYSHF6
— Miguel Urbán Crespo (@MiguelUrban) April 16, 2021