O novo ídolo dos bolsonaristas é um ex-presidiário que, em breve, deve estar em cana novamente, fazendo companhia a Daniel Silveira.
Roberto Jefferson fez sucesso na manifestação golpista na Avenida Paulista no sábado, 1º de maio. Fascistas se aglomeraram em diversas cidades e, de quebra, pioraram o quadro da pandemia em todo o país.
Um carro de som na altura da Fiesp contou com sua presença. Entre outras picaretagens, como uma “ameaça de morte”, atacou o STF.
“Chegamos no limite. A raiz do mal está plantada com o Supremo Tribunal Federal. Quem é que amarrou as mãos do nosso presidente Bolsonaro?”, gritava.
Corrupto confesso, ex-integrante da tropa de choque de Collor, mamador de todos os governos, ele foi condenado em novembro de 2012 a 7 anos e 14 dias de prisão no processo do Mensalão.
Ficou três atrás das grades, um em regime semiaberto, e o resto da pena foi perdoada.
Inventou que é evangélico, “conservador”, “pró-família” e defende Bolsonaro para um bando de otários contra os vilões de toga que não o deixam trabalhar.
Já posou com um fuzil ameaçando os ministros da Corte.
Numa live, disse que dois deles são “sodomitas”, que Fachin visitou gabinetes do Senado e que quem o conduziu foi “o homem da mala” da empresa JBS.
Chamou-os de “monturo de lixo”, indicados pela TV Globo, por empreiteiras e por “partidos comunistas”.
O novo messias do gado logo estará em cana.
Alexandre de Moraes solicitou informações ao TSE sobre dados da prestação de contas do PTB dos últimos cinco anos.
A ideia é saber se o presidente da legenda, Jefferson, usou dinheiro público para divulgar suas cascatas.
Trata-se de resposta a petição feita pela OAB no inquérito das fake news, que tem Jefferson como um dos investigados.
Na decisão, Moraes chama atenção para a “utilização do milionário fundo partidário, administrado pelo representado, como forma de financiar os ataques ostensivos e reiterados às instituições democráticas e à própria democracia”.
Até os azulejos da Catedral de Brasília sabem que Moraes não brinca em serviço.
O gado não irá visitá-lo na cana. Será esquecido, como Daniel Silveira, e morrerá sem choro nem vela daqueles que o chamaram um dia de “guerreiro”.