O advogado e PhD em filosofia Silvio Almeida manifestou-se em seu Twitter sobre a chacina de Jacarezinho:
O ocorrido após o massacre em jacarezinho não foi uma entrevista coletiva, mas um ato de afirmação de poder por parte da polícia civil. Um poder que, fique claro, não se submete a nenhuma lei e que desconhece a Constituição
A intenção evidentemente não era prestar contas e nem justificar as mortes provocadas na mais letal operação policial da história do RJ. Foi um recado, uma mensagem na forma de espetáculo, assinado com o sangue no chão e nas paredes das casas
Os inimigos foram nomeados sem hesitação. São os defensores de direitos humanos e as instituições que obstaculizam a cruzada em prol das “pessoas de bem”. São advogados, juízes, promotores, ativistas, políticos que impedem a “justa” luta contra o crime
Esse nível de afronta é possível porque parte da sociedade, incluindo membros das instituições de Estado e da imprensa, concorda ou se beneficia com a barbárie. Há ainda outra parte, iludida, que acha que o Brasil vive apenas um “momento” ruim.
Essa “coletiva” foi o grau zero da barbárie por tudo o que representou e pela conjuntura em que se dá. O recado foi dado de forma límpida e clara: não haverá lei ou tratado internacional que pare essa gente. Eles já definiram quem merece morrer. E os “humanos” não somos nós.
A intenção evidentemente não era prestar contas e nem justificar as mortes provocadas na mais letal operação policial da história do RJ. Foi um recado, uma mensagem na forma de espetáculo, assinado com o sangue no chão e nas paredes das casas ??
— Silvio Almeida (@silviolual) May 7, 2021