O fator comercial pesou para os EUA apoiarem a quebra de patentes das vacinas

Atualizado em 8 de maio de 2021 às 10:50
Vacina

O governo norte-americano surpreendeu o mundo nessa semana ao manifestar apoio à quebra de patentes das vacinas contra o Coronavírus.

Do ponto de vista humanitário, sem dúvidas foi um avanço para baratear o custo do imunizante e proporcionar a facilitação do acesso dela para a população mundial.

Por outro lado, vale destacar que das  dez vacinas mais utilizadas pelo mundo, 6 não pertencem a empresas americanas.

Se individualmente os americanos ainda lideram o ranking, com 4 vacinas desenvolvidas por laboratórios do país (sendo elas Pfizer, Moderna, Johnson & Johson e Novavax), por outro, a presença de China (Sinovac, Ad5-nCoV” e Sinopharm), Índia (Covaxin) , Rússia  (Sputnik V) , Inglaterra  e Suécia (Oxford/AstraZeneca) com seus mais de 3 bilhões de habitantes desequilibram a balança, considerando que os governos de seus países de origem inevitavelmente darão preferência às vacinas locais.

A disputa pelo mercado de 7,6 bilhões de habitantes do planeta já sairia prejudicada, com cerca de 40% das pessoas abrangidas pela “reserva de mercado” dos produtores locais.

Dessa forma, é possível que o fator comercial também tenha pesado na decisão de Joe Biden em apoiar a quebra de patentes.