“Parar Israel é dívida de honra”: Erdogan promete apoio da Turquia a palestinos em Jerusalém

Atualizado em 15 de maio de 2021 às 8:33
Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia – Foto: POOL/AFP/Arquivos

Publicado originalmente no Sputnik News:

A Turquia vai apoiar os palestinos em Jerusalém com tanta determinação como apoiou o Azerbaijão em Nagorno-Karabakh, anunciou nesta sexta-feira (14) o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

“Nós ficamos enfurecidos com pressão do Estado terrorista de Israel que ultrapassou todos os limites. Como apoiamos a luta do Azerbaijão pela libertação de suas terras ocupadas, hoje, nós, com a mesma sensação, damos início a ações contra opressão nas cidades palestinas e em Jerusalém. A mesma determinação com a qual defendemos nossa fronteira síria”, declarou o presidente da Turquia em discurso transmitido em rede nacional pela celebração muçulmana Eid al-Fitr.

Erdogan revelou ter conversado com presidentes e líderes de governos de 19 países para tratar da situação na Faixa de Gaza.

“Parar Israel é uma dívida de honra”, acentuou Erdogan, exortando a comunidade internacional e a Organização das Nações Unidas a reagirem, pois, se não fizerem nada, “consequências horríveis serão inevitáveis”.

O presidente turco também ressaltou que Ancara não aguentará a agressão israelense contra Palestina, mesmo que todo o mundo demonstre indiferença.

“Os que se silenciarem sobre o massacre e o desrespeito de Israel, ou abertamente agirem em defesa do acontecido, devem saber que, em um momento, será a vez deles”, afirmou.

A situação na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza palestina se agravou na noite de segunda-feira (10). Ao todo, 1.800 foguetes foram disparados quase sem parar em direção a zonas habitacionais de Israel, provocando a morte de seis civis e um soldado israelenses. Cerca de 300 foguetes explodiram dentro do enclave palestino, declararam forças israelenses.

Em resposta, o Exército de Israel atacou a Faixa de Gaza, atingindo alvos de movimentos palestinos do Hamas e da Jihad Islâmica. Mais de quatro mil prédios e residências foram destruídos, e o abastecimento de eletricidade foi interrompido no enclave.