Paulo Zanotto, um dos cabeças do gabinete paralelo do ministério da Saúde, deu dezenas de entrevistas aos amigos bolsonaristas na mídia.
Numa delas, à RedeTV, em janeiro, relatou que estava “trabalhando um documento” para apresentar à pasta.
“A gente teve umas conversas para fazer um documento para dar um apoio à situação em Manaus”, diz ele.
Estavam “imaginando” usar “terapia precoce” com “moléculas com ação antiviral no começo”.
“O governo está avaliando isso”, afirma.
Zanotto é estrela do vídeo que confirma o tal gabinete alternativo, juntamente com Nise Yamaguchi.
Ele aparece criticando as vacinas e sugerindo um “shadow cabinet”. Nem médico ele é. Biólogo, foi repreendido pela USP por defender cegamente a cloroquina.
A fala de Zanotto à RedeTV evidencia o modus operandi da patota e sua ingerência sobre a Saúde.
Em seus depoimentos à CPI, Mandetta e Barra Torres contaram ter visto, em uma reunião no Palácio do Planalto no ano passado, uma minuta de decreto presidencial para mudar a bula da cloroquina.
A fala de Zanotto está no início do vídeo.
? Exclusivo! O Ministério Paralelo em ação. Vídeos comprovam aconselhamento feito por médicos a Bolsonaro em pleno Palácio do Planalto. Enquanto emails da Pfizer seguiam sem resposta, grupo levantava desconfiança sobre vacinas e tinha Osmar Terra como "padrinho".
?:@SamPancher pic.twitter.com/kxR5tNLlFp
— Metrópoles (@Metropoles) June 4, 2021