O fim da civilização ocidental está próximo: por que a NASA está sendo chamada de comunista

Atualizado em 19 de novembro de 2014 às 14:31

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A civilização ocidental está à beira do colapso e só há duas saídas: a preservação da natureza e políticas para reduzir a desigualdade social.

Sem muita novidade, certo? A não ser o fato de que essa é a conclusão de um novo estudo da NASA que analisou o fim de outras civilizações, como os romanos e o povos da Mesopotâmia — que também não viram sua própria extinção chegar.

“Duas características importantes aparecem em todas as sociedades que entraram em colapso”, diz o documento. “O esgotamento de recursos naturais e a estratificação econômica da sociedade entre elites e massas”.

Numa prova de que a histeria ultradireitista é moda não apenas no Brasil, a NASA já está sendo classificada de comunista por uma vastidão de paranóicos. “Para além de qualquer coisa, esse levantamento prova que precisamos ficar atentos à implantação do socialismo nos Estados Unidos”, escreveu Suzanne Hamme do site Freedom Outpost. Para uma líder de um grupo de evangélicos fundamentalistas, “a cada dia que passa nosso Caro Líder se parece menos e menos com um progressista ingênuo e mais como alguém determinado a destruir nosso país”.

Para a NASA, em sociedades desiguais, “é difícil evitar o colapso. Elites crescem e consomem muito, resultando em fome entre populações pobres”. Como a classe trabalhadora tem recursos limitados, os ricos, isolados do problema, continuam a consumir de forma desigual, “agravando o problema”.

Os pesquisadores usaram uma fórmula para chegar a suas conclusões. Ela leva em conta fatores como taxas de natalidade e renda para criar uma equação matemática. Para quem acha que nós somos imunes ao que destruiu Roma, uma breve observação do que aconteceu ali demonstra como “sociedades complexas e poderosas são suscetíveis a entrar em colapso”.

Qual a salvação? O fim pode ser evitado se a população chegar a um estado de equilíbrio, se a taxa de esgotamento da natureza for reduzida a um nível sustentável e se os recursos forem distribuídos de forma equitativa.

Como apontou o jornal Guardian, as conclusões a que a agência espacial chegou devem servir como um alerta para que governos, corporações e consumidores reconheçam que fazer as coisas como sempre não é uma atitude sustentável e que mudanças estruturais são urgentes.

O fim está próximo. E nem o pessoal da Marcha da Família vai se salvar porque Deus está ocupado com Marina Silva.