Não por acaso João Doria briga no grupo abaixo de Ciro nas pesquisas de opinião para a eleição presidencial de 2022.
O marqueteiro-gestor é um zero à esquerda em política. Teve a primeira oportunidade como candidato a prefeito de SP guindado por Alckmin. Traiu o padrinho no dia da posse.
Não tem a confiança dos caciques paulistas: FHC, Serra e Aloysio Nunes não gostam dele.
No diretório nacional, toma rasteira toda semana do desmoralizado Aécio.
Doria ficou pendurado na Coronavac e na pandemia.
Teve a sorte do Estado de São Paulo contar com duas instituições sérias e proativas no controle de endemias: o Hospital das Clínicas e o Instituto Butantan.
Também contribuiu o fato de os primeiros contaminados pela covid no Brasil serem milionários paulistanos que voltaram de viagens ao exterior.
A doença passou de raspão pela família e de burro Doria não tem nada. Correu atrás quando foi alertado que os parentes corriam perigo.
Fez da causa sua bandeira eleitoral e agora tenta se beneficiar do esforço.
O problema é que tem a boca torta pelo uso prolongado do cachimbo. Doria não se desvencilha do figurino de marqueteiro oportunista.
É o que se vê neste sábado, quando Bolsonaro vai a São Paulo promover zoeira numa ‘motociata’ genocida e tresloucada.
Após bravatear que iria multar o irresponsável caso não use máscara, ou promova aglomeração, o que Doria faz?
Se mandou para o Vale do Ribeira, terra de Bolsonaro, para inaugurar obras de um hospital e tirar fotografia descerrando placa de uma clínica de saúde.
Covarde, bravateiro, oportunista barato.
Fosse séria mesmo sua ameaça ao genocida, ficaria na capital, acompanhando a ‘motociata’ e tomando providências em tempo real. Era isso que faria o grande Mário Covas, este sim um tucano valente e paulista de verdade.
São Paulo não é para amadores.
Se tivesse o comando da polícia e das instituições, Doria enquadraria o genocida, teria apoio da população e se credenciava para disputar a presidência para valer.
Não tem. E sabe que não tem. Por isso diz uma coisa e foge.
Por isso Bolsonaro tem tudo para deitar e rolar desfilando com seus apoiadores pela maior cidade do país.
O ‘doninho de São Paulo’, para usar uma ironia lançada por Bolsonaro, não assusta ninguém.