Com exclusividade para o DCM, de Nova York, o criminalista Kakay comentou a bravata do ministro da Defesa de Bolsonaro, general Braga Netto, de impedir a eleição do ano que vem caso o voto impresso não seja aprovado pelo Congresso.
Em um sistema presidencialista a presença de um presidente forte e com autoridade é essencial.
Infelizmente o presidente Bolsonaro é um fantoche, um desqualificado.
Em qualquer país democrático uma ameaça como a feita pelo General Braga Netto teria que ter imediata resposta com, no mínimo, a demissão sumária.
O país, no entanto, se acostumou aos rompantes autoritários e alucinados do próprio Bolsonaro.
Suas falas inconsequentes e de claro confronto institucional incentiva a insubordinação. O General age como um marionete.
Mas ele é Ministro da Defesa, o que torna gravíssima sua manifestação.
É necessário a imediata resposta do Congresso Nacional. Nós, infelizmente, nos acostumamos com as bravatas e provocações do inimputável Presidente da República.
Suas falas, de tão toscas e bizarras, já não chamam tanto a atenção.
Ele é tratado como um idiota inconsequente. Na verdade é um serial killer, cometendo diariamente crimes de responsabilidade e afrontando as instituições.
O silêncio da sociedade parece estar incentivando manifestações com o mesmo tom golpista.
Quando a ameaça de não ter eleições é frontal, direta e vem do Ministro da Defesa, um
General, urge que os poderes constituídos se manifestem.
O silêncio da Câmara dos Deputados e do Senado Federal terá o tom da cumplicidade.
Ouviremos este silêncio como um ato de covardia, de medo, de coautoria. É um silêncio retumbante, ensurdecedor.
Ou resistimos ou será como no poema que ensina que primeiro levam as flores do jardim e nós nos calamos, depois entram em nossa casa, e nós aceitamos, calados.
No final, como não reagimos, eles simplesmente tiram, calam a nossa voz.
Como não falamos nada não haverá mais o que falar.