Na CPI da Covid, Marcos Rogério defendeu Otávio Fakhoury, alvo de requerimento solicitando sua quebra de sigilo, dizendo que Luiz Paulo Dominghetti não o citou em seu depoimento e não haver “indícios de irregularidade”.
O senador diz ter “conversado pessoalmente” com o empresário bolsonarista e ele se prontificou em prestar esclarecimentos.
Marcos Rogério ainda alegou que o empresário “não tem qualquer relação com o objeto de apuração” da CPI.
Alessandro Vieira, também membro da comissão e responsável pelo requerimento discutido, defendeu que Fakhoury é ligado ao Instituto Força Brasil (IFB), grupo que tem como presidente Helcio Bruno de Almeida, coronel que viabilizou o encontro da Davati com Elcio Franco, número 2 da Saúde.
Dominghetti citou o militar como “colega de turma” de Elcio em sua oitiva na CPI.
A nova fase da CPI da Covid quer investigar a relação entre as fake news de grupos e entidades bolsonaristas, como o IFB.
Apoiador de primeira hora de Bolsonaro, Fakhoury foi alvo de operações de busca tanto no inquérito das fake news quanto no que apura a promoção de atos democráticos.
Justificou ser vítima de “crime de opinião”, com uma alegação inusitada sobre fake news.
Segundo ele, é “um truque semântico que o cara joga contra uma matéria que ele não gosta”.
Chegou a admitir ter dado entre R$ 30 mil e R$ 40 mil desde 2016 ao site Crítica Nacional, também citado no inquérito que investiga notícias falsas.
Fakhoury chegou a dizer que apoiou atos em que bandeiras antidemocráticas foram levantadas, mas que não tem como controlar o que as pessoas pedem nas ruas.
O site que ele patrocinou, Crítica Nacional, foi alvo nesta semana de pedido de quebra de sigilo bancário por ser “grande disseminador de fake news” sobre a pandemia de covid-19, segundo o requerimento.