Preso no município de Comendador Levy Gasparian, região serrana do Rio, Roberto Jefferson deve passar o fim de semana na cadeia.
O coordenador do Grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, acha pouco provável que o presidente nacional do PTB consiga uma soltura.
Primeiro porque o caso é polêmico.
Segundo porque o mandado de prisão foi expedido numa sexta-feira.
Por fim, segundo o jurista, a decisão do ministro Alexandre de Moraes certamente está respaldada por outros colegas do STF.
Outro jurista, Lênio Streck, também acha difícil que Jefferson consiga escapar da prisão.
“Foi decretada por um ministro do STF”, explicou ao DCM. “Como ele não tem foro de prerrogativa de função, um pedido de habeas corpus terá de ser examinado pelo ministro distribuído ou plantonista. Dificilmente será deferido”.
A justificativa do pedido de prisão é a suspeita de participação do político em organização criminosa digital para atacar a Corte e outras instituições.
Em vídeo recente divulgado nas suas redes sociais, Jefferson, que vive de postar bravatas nas redes sociais, ameaçou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Barroso, dizendo que sem voto impresso não haverá eleição no ano que vem.
O pedido de prisão partiu da Polícia Federal (PF), baseando-se na apuração de inquérito no STF.
A informação havia sido veiculada por redes bolsonaristas no Twitter e agora confirmada.
Pelo Twitter, Roberto Jefferson afirmou:
“Vamos ver de onde parte essa canalhice”.
Segundo ele, a PF já havia buscado sua ex-mulher com a ordem de prisão.
A corporação não localizou o ex-deputado no endereço que constava na investigação.
Alguns crimes de Roberto Jefferson
O bolsonarista Roberto Jefferson tem uma série de ações criminosas.
No mês passado, armado, ele gravou um vídeo ameaçando o embaixador chinês Yang Wanming.
O bolsonarista já chegou a ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) com um fuzil.
Crimes contra a honra também estão em seu portfólio.
No mês passado, o presidente do PTB foi condenado a indenizar Manuela D’Ávila em R$ 50 mil por calúnia.
O mesmo valor foi definido em ação contra Alexandre de Moraes, por associar o magistrado ao PCC.
Corrupto confesso, Roberto Jefferson já foi preso no passado.
Em 2012, ele foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão no processo do Mensalão.
Só passou três dias, de fato, na cadeia e o resta da pena foi perdoada.
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